Monça

Mas que fui, xunpuda. Tudo ou nada.

terça-feira, 31 de julho de 2012

Outrossim para que trates uma songança desaniquia

Tenho que levantar daqui para que você vá longe, ande, cante, grite e volte a deitar, caído, morto. Desande logo tua alma, para que as baratas vacinadas almejem tua lucidez.

Bar cheio, menopausa, caduquice de uma juventude metafórica.

- Pode sequer um menino usurpar a mãe sua dor?
- Pode sequer uma luz alimentar os sinos embaixo de sua cama?
- Pode sequer ouvir do assoalho o assopro de uma manifestação pungente?
- Pode sequer o tombo primordial existir em tua terra universal, boi chato?

Outrora fostes um sapato alegre, para agora pipas voarem num rio de angústias alimentadas. Defendo sim, defendo tudo que está sob seus pés e as girafas não alcançam. Areias indignas e soberbas, atirem por sobre as ondas tua mais ligeira falência, pois querendo ouvir as piedades monofásicas, monocromáticas, monossilábicas e redundantes lágrimas, vociferam para além de um ouro branco, fatal amor conduzindo egos.

Talvez então, você, criatura nefasta que sobrevoa os círculos em caixas de madeira, me diga:

- Pare de dar sim ao que também ouviste debaixo de sua varanda. Reveze com tua lucidez os espíritos determinantes.

Respondo em mesma classe, das pernas das cadeiras latejantes:

- Venha, chegue e faça! Quais são afinal, seus sinais? Para que estás aí, soberbo, definhando uma caixa de papelão onde repousa o mundo?

- Ó letal ardor de suas nádegas adocicadas. Falos úmidos descansam cheios de cloro. Gases oriundos de sua boca infestam as lágrimas de teu ânus facínora. Fascinante engenho que enlouquece as melancolias definhadas sob suas unhas. Preâmbulo aquoso, aquiescente, manifestante de orgias matutinas.

Digo portanto que venceste. Levanto-me e saio. Trabalho. Trabalho. Trabalho. Songança desaniquia.

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