Monça

Mas que fui, xunpuda. Tudo ou nada.

domingo, 5 de agosto de 2012

Violão

Certa de que tocava, a mão da morena entrou como uma pata em cordas toscas, ajoelhou sobre a barriga de um violão logo depois que sangrou pela primeira vez e, como sua mãe não aprovasse, desatou comer acordes sobre livros rabiscados.
Elefantes em miniatura andaram de costas enquanto a singela buscava em livretos de páginas amareladas sons fabricados como torrões de açúcar. Ela queria, mas não sabia que fingia e mentia. Apenas sonhava com a poesia.
Baboseiras alucinógenas invadiram-lhe os neurônios e a dita seguiu sonhando com a poesia, que como um copo cheio, repleto e satisfeito de águas mansas, não derrama. Mas o copo está cheio. O COPO ESTÁ CHEIO!

Nenhum comentário:

Postar um comentário