Monça

Mas que fui, xunpuda. Tudo ou nada.

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Linda poça de máculas

Girafas, pernilongos, tamanduás e bailarinas ociosas permanecem a rodopiar sobre uma lata de soberbas águas doces. Deito as belezas em semáforos de cores únicas, infesto suas saias com mortos e saio a cantar.

Você precisa manifestar suas imprudentes virtudes, do contrário os elevadores e os piões rodarão como nuvens gigantescas sobre seu vaso sanitário, enquanto você voa em círculos vomitando nevralgias.

Sofrendo assim, como bárbaras peladas, armadas com galhos secos e folhas mortas, suas luvas quentes cairão do alto de pescoços estrangulados e sua pureza pobre cederá lugar às girafas escandalosas e gorduchas. Tubarões asmáticos com feridas profundas em suas gengivas hão de se alimentar tão somente das mulheres que, desmamadas, dependuraram sua genitália em varais de louça, inquebráveis.

Traduza isso, pseudo lavrador de terras incultas: quem por terra e areia brigou com seu cão, deitou sobre sua enxada e perdeu as traduções? Traduza lavrador de terras incultas. Besta maníaca que vive no paraíso das metralhadoras de plástico.

Cante comigo! Cante comigo! Cante comigo ou coma restos de borboletas incautas, que fadigadas pousaram suas antenas em telhados imaginários. Poeta displicente!


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